Nesta semana, as principais notícias incluem o anúncio de crédito recorde para a indústria farmacêutica, investimentos substanciais na indústria de alimentos, crescente preocupação com a taxa de câmbio e o impacto severo das enchentes nas operações da indústria do Rio Grande do Sul.

 

Indústria de alimentos prevê investimentos de R$ 120 bilhões no Brasil até 2026

 

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, anunciou que a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) investirá R$ 120 bilhões até 2026. Esse montante será destinado à construção de novas fábricas, expansão das já existentes e inovação. Parte desse valor, R$ 36 bilhões, já foi investida em 2023, com o restante previsto para os próximos dois anos.

Durante a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representantes do setor, Alckmin destacou que os investimentos se alinham a duas medidas do governo: a depreciação acelerada para a compra de novas máquinas e o programa Brasil Mais Produtivo, voltado para a inovação em micro e pequenas empresas. Alckmin afirmou que o investimento crescente, que já eleva a taxa de investimento sobre o PIB de 17% para 18%, é uma garantia de emprego futuro.

Leia na íntegra

 

Crédito recorde: BNDES impulsiona indústria farmacêutica com crédito de R$ 2 bilhões para novos medicamentos e centros de pesquisa

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 2 bilhões em créditos para as indústrias farmoquímica e farmacêutica brasileiras, o maior valor desde 1995. Este montante, 32% superior ao aprovado em 2023, está sendo utilizado para desenvolver novos medicamentos, vacinas e montar centros de pesquisa e desenvolvimento, além de adquirir equipamentos de última geração.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, destacou a importância do apoio à inovação e ao desenvolvimento de tecnologias, especialmente após a pandemia. O lançamento do Programa BNDES Mais Inovação, em setembro de 2023, reforçou ainda mais este impulso, conforme explicou José Luís Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior, enfatizando que a disponibilidade de recursos adequados tem sido crucial para estimular investimentos e colocar o Brasil em destaque no cenário mundial.

Leia na íntegra

 

Taxa de Câmbio Sobe no Ranking de Preocupações da Indústria, Aponta Pesquisa da CNI

 

A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que a carga tributária continua sendo a principal preocupação das empresas industriais, com 35,5% das assinalações, seguida pela demanda interna insuficiente, com 26,3%. No entanto, a taxa de câmbio subiu para a quarta posição no ranking dos principais problemas, afetando 19,6% das empresas no segundo trimestre de 2024, um salto significativo em comparação ao trimestre anterior. A falta ou alto custo da matéria-prima ocupa o terceiro lugar, com 23,1% das preocupações.

Os empresários relataram um aumento significativo no preço médio dos insumos, o que é atribuído, em parte, à alta taxa de câmbio. Esse aumento de preços foi o maior desde o segundo trimestre de 2022. Outros índices financeiros mostraram pouca variação, embora haja uma leve melhora na satisfação com a situação financeira. A produção industrial e os estoques de produtos acabados permanecem abaixo do planejado, indicando que as indústrias precisam aumentar a produção para atender à demanda. As expectativas para o futuro são de expansão, com aumentos nas expectativas de demanda, compras de insumos e número de empregados.

Leia na íntegra

 

As devastações das enchentes: vendas da indústria do RS despencam 87%, revela governo

 

Entre 10 e 17 de maio, a indústria do Rio Grande do Sul enfrentou uma queda dramática de 87% nas vendas devido às enchentes que devastaram o estado, conforme estudo da Secretaria da Fazenda e da Receita Estadual do RS. No acumulado de maio, as vendas caíram 23,23% em comparação com abril e 27,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As enchentes afetaram 461 municípios, impactando 2.304.422 pessoas, e provocaram a morte de 154 pessoas, com 94 ainda desaparecidas.

O setor atacadista também sofreu severas perdas, com uma queda de 23% nas vendas em relação ao ano anterior, devido a danos logísticos e grandes volumes de perda de produtos. O varejo teve uma redução de 16% nas vendas anuais, embora tenha se mantido relativamente mais estável devido à demanda por alimentos e produtos de limpeza. A indústria vinha enfrentando uma queda contínua desde agosto de 2023, com uma leve recuperação entre fevereiro e abril, mas o impacto das enchentes intensificou os desafios enfrentados, especialmente para os setores coureiro-calçadista e metalomecânico.

Leia na íntegra